Esta semana de junho de 2013 entra pra história como a semana em que o Brasil despertou através de protestos pacíficos e manifestações com cenas de vandalismo. Nesta edição especial do quadro Top 5 vamos relembrar os cinco dias que transformaram o Brasil.
1 - Segunda feira, 17 de junho: Uma série de protestos em 12 estados deu início à semana histórica. Os alvos da vez eram os políticos. Em Brasília, sede do poder um grupo de manifestantes ocupou a cobertura do Congresso Nacional. Em São Paulo mais de 50 mil pessoas participaram da manifestação pacífica, mas com cenas de violência com manifestantes exaltados tentando invadir o Palácio dos Bandeirantes e no Rio de Janeiro houve confronto entre PMS e manifestantes na Assembleia Legislativa.
2 - Terça feira, 18 de junho: O segundo dia de protestos teve como fato marcante a série de depredações e saques em São Paulo. O prédio da Prefeitura paulistana foi alvo dos vândalos e lojas foram saqueadas e um carro de reportagem da Rede Record foi queimado.
3 - Quarta feira, 19 de junho: Diante da pressão popular, o prefeito de São Paulo Fernando Haddad e o governador de São Paulo Geraldo Alckmin decidem reduzir a tarifa de ônibus para R$ 3. Horas antes, o mesmo Fernando Haddad declarou que a medida era populista. No Rio de Janeiro o prefeito Eduardo Paes decidiu reduzir a tarifa para R$ 2,75. E em mais um dia de protestos houve novas manifestações violentas, desta vez em Fortaleza. Manifestantes protestaram nas imediações do estádio Castelão antes do jogo entre Brasil e México pela Copa das Confederações. Ao todo, 14 pessoas ficaram feridas.
4 - Quinta feira, 20 de junho: O dia da maior movimentação popular com mais de 1 milhão de pessoas em 75 cidades. Novas manifestações pacíficas e violentas deram o tom. Em Ribeirão Preto uma pessoa morreu depois de ser atropelada. No Rio de Janeiro novos confrontos entre manifestantes e policiais deixou 55 pessoas feridas. Um carro de reportagem do SBT foi incendiado e o jornalista da Globo News Pedro Vedova foi atingido por balas de borracha. Em Brasília, manifestantes atacaram o Palácio do Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores, mesmo com segurança reforçada e incendiaram as imediações da Esplanada dos Ministérios. Diante da situação caótica, a presidenta Dilma Rousseff decide convocar reunião para discutir a crise.
5 - Sexta feira, 21 de junho: Em mais um dia de protestos em São Paulo, os manifestantes pararam as principais rodovias como a Via Dutra e os acessos ao Aeroporto de Guarulhos. Depois de duas horas de reunião, Dilma Rousseff anuncia que irá fazer um pronunciamento em cadeia de rádio e TV à nação exaltando as manifestações e condenando a violência. O Movimento Passe Livre anuncia que não irá mais convocar a população para protestos. A FIFA decide que não haverá a suspensão da Copa das Confederações.
Imagem da semana
No prédio da FIESP na Avenida Paulista, uma multidão de pessoas se reúne em uma das manifestações pacíficas e históricas de ontem em São Paulo, local onde tudo começou. Na foto de Marlene Bergamo da Folha de S. Paulo, uma imagem que simboliza o momento histórico vivido pelo país.
O gigante acordou. Na semana que vem o quadro volta ao normal.
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